Ambientes de aprendizagem com TD
Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico
Tarefa 3-
Ambientes de aprendizagem com TD
Ana Beatriz Silva
(N.º 220140025)
Laura Lopes
(N.º 22014013)
Liliana Anjos
(N.º 220140012)
Unidade Curricular: As TIC na Educação
Pré-Escolar e 1º ciclo do Ensino Básico
Docente: João
Torres
Ano letivo: 2023/2024
1. Introdução;
O presente documento visa corresponder a
uma avaliação da unidade curricular As TIC na Educação Pré Escolar e no 1.º
Ciclo do Ensino Básico. Com este trabalho, foi possível concretizar vários
objetivos da unidade curricular, designadamente “Identificar e compreender as
principais conclusões da investigação sobre o papel das TIC na Educação
Pré-Escolar (EPE) e no 1.º ciclo”, “Compreender a necessidade de utilizar
metodologias apropriadas para utilização das TIC nas atividades de aprendizagem
dos alunos nas diferentes áreas curriculares da EPE e 1º ciclo”, “Conhecer
diferentes perspetivas de utilização das TIC na EPE e 1º ciclo e a sua
articulação com diferentes opções pedagógicas” (Torres, 2024).
O
trabalho inicia com uma contextualização relativa à pertinência do trabalho com
as TIC em contexto escolar, partindo, depois, para uma articulação do referido
com o observado nas aulas da presente unidade curricular. No final, surge uma
breve conclusão, na qual se elencam as aprendizagens efetuadas.
2. Contextualização
teórica obtida através da leitura de, pelo menos, dois dos textos de apoio
disponibilizados na pasta moodle;
Nos dias de hoje, as TIC são fulcrais, de
modo que as escolas não podem ficar distantes das mesmas, uma vez que estas já
se encontram inseridas no quotidiano dos alunos. Como refere Lopes (2018), as
novas tecnologias são recursos importantes para os professores e os alunos, uma
vez que permitem “(…) uma aprendizagem mais interativa, criativa e uma
construção coletiva de conhecimento” (p. 2). Desta forma, é possível
compreender que as TIC se revelam, também, um instrumento que possibilita a
aprendizagem das crianças.
Silva (1999), citado por Lopes
(2018), refere que,
o
grande desafio que se coloca à escola e aos professores consiste em compreender
o funcionamento destas tecnologias que podem proporcionar a passagem de um
modelo curricular baseado na reprodução da informação para um modelo de
funcionamento assente na construção de saberes, aberto aos contextos sociais e
culturais, à diversidade dos alunos aos seus conhecimentos, experimentações e
interesses. (p. 3)
Desta forma, apesar de as novas
tecnologias já estarem inseridas no quotidiano das crianças, é importante que
os docentes procurem compreender o funcionamento das TIC, de forma que estas
possam ser exploradas e, consequentemente, se tornarem fontes de informação,
podendo substituir métodos de ensino mais tradicionais, uma vez que, como Lopes
(2018) menciona, as práticas tradicionais reformulam-se e inserem-se novas.
Ainda assim, como refere Lopes
(2018), sabe-se que ainda existe um grande distanciamento entre a escola e as
novas tecnologias uma vez que embora existam professores que defendem a
utilização das TIC, existem tecnologias digitais que ainda não foram
incorporadas nas práticas dos docentes, apesar de interativas. Lopes (2018)
refere ainda que “A utilização da tecnologia representa um desafio e uma
oportunidade no campo da educação” (p. 4) e, por isso, é importante e
necessário refletir sobre a apropriação e utilização das TIC.
A utilização das novas tecnologias
no âmbito da educação não depende apenas do professor, mas também das escolas.
Como refere Lopes (2018), é a instituição que tem de providenciar a adaptação
das TIC ao projeto pedagógico.
Nas palavras de Lopes (2018), o
papel do professor na “sociedade digital” passa por fazer que os alunos pensem,
questionem e construam as suas próprias opiniões. Assim, a mesma autora refere
ainda que “O professor está ali para encontrar estratégias que facilitem as
aquisições dos alunos. Estas estratégias deverão integrar, cada vez mais, as
tecnologias deste tempo” (p. 5). A utilização das TIC, como menciona Lopes
(2018), pode motivar os alunos, bem como incentivar a sua participação,
facilitando o processo de aprendizagem enquanto se promove a inovação. Assim
sendo, segundo Lopes (2018), de forma a motivar os alunos e a melhorar/adequar
a sua prática pedagógica, os professores devem questionar a sua própria prática
e rever o seu papel como professores nesta sociedade que está cada vez mais
ligada às novas tecnologias. Devido a esta nova sociedade, de acordo com Lopes
(2008), a escola deve ser considerada como um local de aprendizagem com todos
os meios que possibilitem aos alunos construir o seu conhecimento, atitudes,
valores, entre outros.
Segundo
Lopes (2018), as TIC permitem transformar a sala de aula num espaço de
aprendizagens dinâmico tornando o professor num elemento fundamental com novos
papéis dentro da sala. Deste modo, as TIC podem ser associadas à alteração do modo
como se aprende e como se ensina.
Partindo
desta ideia, as TIC também podem proporcionar aos professores e alunos momentos
de convivência e parceria com outros países. Assim sendo, o programa Erasmus + da
União Europeia criou a ação eTwinning, que consiste no trabalho
colaborativo entre professores e alunos de países distintos. Durante os
projetos eTwinning, as comunidades escolares comunicam e trabalham
utilizando as novas tecnologias, permitindo assim o desenvolvimento de novas práticas
pedagógicas por parte dos docentes e envolver várias áreas curriculares e temas
do currículo. Para além disto, a ação eTwinning promove, não só, a educação
inclusiva, mas também a concretização de competências referidas no Perfil dos
Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e constitui uma oportunidade de
operacionalizar a autonomia e flexibilidade curricular.
No
contexto de ensino em Portugal, no 1.º ciclo, as aprendizagens relativamente às
TIC são reguladas pelas Orientações Curriculares Para As Tecnologias Da
Informação e Comunicação (Direção Geral de Educação, 2023), que se organizam em
quatro domínios de trabalho: Cidadania Digital; Investigar e Pesquisar;
Comunicar e Colaborar; e Criar e Inovar.
3.
Articulação das
temáticas abordadas nas aulas e tarefas realizadas até aqui na UC com a
contextualização teórica;
Como
referido previamente, o professor apresenta um papel preponderante na
exploração das TIC em contexto escolar, o que pudemos observar durante as aulas
da presente unidade curricular, nas exposições realizadas por professores
convidados.
O
projeto apresentado pela professora Maria do Rosário Rodrigues – “Os super
animais selvagens” – teve como ponto de partida um constrangimento patente na
turma, que considerava ler um exercício “chato” (Rodrigues et al, 2013, p.
123). O professor, um “convicto utilizador das TIC com os seus alunos porque
acredita na melhoria das suas aprendizagens” (Rodrigues et al, 2013, p. 121),
propõe, então, a construção de um livro conjunto, que seja apelativo,
iniciando, então, um processo de criação com diversas etapas. Durante este
percurso, as TIC foram amplamente utilizadas e exploradas: as histórias foram
escritas num processador de texto – que permitia, ainda, outras operações; o
correio eletrónico, o Google Sites e o Google Docs foram utilizados para
partilha e posterior discussão de produções;
o PhotoStory foi utilizado para a preparação de uma exposição da
história (embora também tenha sido experimentado o Powerpoint); foram
usados instrumentos de captação de voz – o que permitiu, aos alunos, ser
confrontados com as suas fragilidades na leitura e consecutivo melhoramento; o Google
Forms foi utilizado para recolha de opiniões, após a divulgação do livro.
Desta
forma, torna-se relevante referir todos os projetos desenvolvidos no âmbito da
ação eTwinning,
uma vez que estes permitem aprendizagens sobre os mais diversos temas, bem como
a integração de diversas áreas curriculares, demonstrando a importância das
novas tecnologias estarem inseridas no currículo e da implementação de novas
práticas pedagógicas nas escolas.
A
utilização das TIC contribuiu favoravelmente para a construção de
aprendizagens, permitindo não só o desenvolvimento de competências digitais e
de escrita, mas, ainda, de competências sociais e da vida democrática,
nomeadamente a partilha, a discussão, o debate, o alcançar o consenso e a
criação de um produto para usufruto comum. Tendo o professor seguido a
metodologia de trabalho de projeto, garantiu a concretização dos quatro
domínios de trabalho, propostos pelas orientações curriculares relativas às TIC
(Direção-Geral de Educação, 2023) e mencionadas anteriormente.
Como
referido previamente, a utilização das TIC representa, simultaneamente, um
desafio e uma oportunidade, no campo da educação (Lopes, 2018): se, por um
lado, apresenta manifestas potencialidades, por outro, exige, dos professores,
novos conhecimentos e aprendizagens. De modo a colmatar esta situação, um grupo
de professores – convidados, numa das aulas da unidade curricular – organizou
uma comunidade de prática (Grácio et al, 2021), na qual vários docentes se
procuraram entreajudar na exploração das novas tecnologias. Esta comunidade de
prática revelou-se extremamente profícua, pois possibilitou que os professores
interagissem entre si, partilhassem receios e conhecimentos e solidificassem o
seu saber, granjeando maior confiança para implementar as TIC nas suas ações
educativas.
4. Conclusão que deve incluir as aprendizagens efetuadas;
Em suma, após todo o trabalho
desenvolvido, é possível afirmar que as TIC apresentam diversas possibilidades
que permitem diversas aprendizagens ao nível de todas as áreas curriculares. Embora
se trate de um recurso presente no quotidiano dos alunos, o papel do professor é
fulcral na exploração das novas tecnologias e, por isso, é necessário que estes
se apropriem das mesmas e integrem as TIC nas suas estratégias de ensino.
Em síntese, ao refletir sobre todo o trabalho desenvolvido e sobre
os projetos apresentados ao longo da presente unidade curricular, foi possível
compreender a importância das TIC nos ambientes de aprendizagem, uma vez que permitem o desenvolvimento de
diversas competências.
Referências
Direção-Geral
de Educação. (2023). Orientações Curriculares Para As Tecnologias Da
Informação e Comunicação. https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ERTE/oc_1_tic_1.pdf
Direção-Geral da Educação. (2023). eTwinning.
eTwinning. https://www.etwinning.pt/site/etwinning
Grácio, J., Torres, J., Rodrigues, M. R., Graça, A., Chambel,
A., Franco, C., & Pinto, P. (2021). Comunidade
de prática de professores do 1º ciclo. In A. J. Osório, M. J. Gomes, A.
Ramos, & A. L. Valente (Orgs.), Challenges 2021, desafios do digital: Livro
de atas (pp. 381-391). Universidade do Minho.
Lopes, N. M. (2018). A Sociedade
Digital: a redefinição da escola, do papel do professor e do aluno. Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Rodrigues, M. R., Moreira, A., &
Grácio, J. (2013). Uma história coletiva, a web 2.0 e os computadores
Magalhães. Em XV International Symposium on Computers in Education (pp.
121–126). Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Viseu. https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/11503
Torres, J. (2024). Apresentação. Comunicação
em powerpoint apresentada no âmbito da lecionação da unidade curricular de As
TIC na Educação Pré Escolar e no 1.º ciclo do Ensino Básico. Escola Superior de
Educação de Setúbal. Instituto Politécnico de Setúbal. Setúbal, Portugal.
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